Grupo de Trabalho “Saúde e Proteção social” do
FST – Porto Alegre 2012
A crise capitalista, ecológica e alimentar
ligada a esta, assim
como o aumento das desigualdades sociais, têm contribuido para agravar a situação da
saúde dos povos, em escala mundial. Esta situação,
que é fonte de várias doenças e distúrbios, leva a um retrocesso dos avanços constatados até
o momento; para citar um só exemplo, a expectativa de vida nos EUA (primeira potência
mundial) encontra-se numa tendência progessiva de descenso (de 77,9 anos para 77,8
anos entre 2007 e 2008). Um
estudo publicado em 14 de dezembro de 2010,
afirma que em 1998 um homem de 20 anos de idade tinha expectativa de vida de 45 anos sem doença grave (doenças cardíacas, câncer
ou diabetes). Esse
número caiu para 43,8 em 2006. Ou seja, uma baixa de 1,2 ano em 8 anos
O cerne da crise da saúde reside no fato de que, simultaneamente com a degradação da situação sanitária e social, observada em quase todos os países,
o ataque aos sistemas de saúde pública,
através de um processo de mercantilização crescente. Esta
dinânmica que tem contribuído para agravar as
desigualdades Norte/Sul, mais igualmente as
desigualdades sociais internas em cada país. As camadas da população bem mais pobres, assim
como as mulheres, são as primeiras vítimas. Estas reformas parecem ser
programadas ou mesmo planejadas
à escala mundial, de tanto semelhanças que apresentam. Respondem perfeitamente as exigências dos mercados financeiros, das multinacionais da saúde
e da produção de medicamentos. Pode-se
observar a simultânea aceleração dos ataques contra os direitos da população ao
acesso à saúde sur a forma de privatização e destruição
das proteções sociais não mercantis.